A produção de espécies como Tambaqui, Pintado e Pirarucu caiu nos últimos quatro anos, pois os produtores, desencorajados pelos preços mais baixos, colocaram menos peixes em tanques e tanques-rede. O Brasil, com sua imensa diversidade de rios e fauna aquática, tem um tesouro pouco explorado quando falamos em peixes nativos. Espécies como o Tambaqui, o Pintado e o Pirarucu são verdadeiros patrimônios das nossas águas, e agora, mais do que nunca, estão prontos para um ressurgimento sustentável, impulsionado por práticas modernas de aquicultura e manejo ambiental. “Nos últimos anos, tenho acompanhado de perto a evolução da criação e manejo dessas espécies. O cenário é promissor. Graças a avanços tecnológicos na piscicultura, o cultivo desses peixes vem se mostrando uma solução viável, sustentável e economicamente atrativa. O Tambaqui, por exemplo, é amplamente criado em regiões como o Norte e Centro-Oeste do Brasil. Essa espécie se destaca pela resistência, adaptabilidade e rápido crescimento, características que fazem dela uma das preferidas pelos piscicultores” comenta José Miguel Saud.. O Pirarucu, outro gigante das águas doces da Amazônia, também ganha destaque. Com sua carne nobre, essa espécie tem se tornado um ícone gastronômico e sua criação em cativeiro está ajudando a recuperar populações selvagens. No passado, o pirarucu foi intensamente explorado, levando à redução drástica de seus estoques naturais. Hoje, iniciativas de manejo sustentável, muitas delas conduzidas por comunidades ribeirinhas, têm garantido não só a conservação da espécie, mas também a geração de renda para essas populações. A valorização gastronômica desses peixes é outro fator importante para esse ressurgimento. Chefs brasileiros e internacionais têm redescoberto a riqueza de sabores do tambaqui, pirarucu e pintado, levando esses peixes nativos para mesas sofisticadas e impulsionando a demanda por produtos de origem local e sustentável. Essa mudança de mentalidade no consumo é fundamental para incentivar práticas que respeitam o meio ambiente e promovem a sustentabilidade. O potencial de crescimento é enorme, mas precisamos estar atentos aos desafios. A expansão da aquicultura deve ser feita com cautela, garantindo que não haja impactos negativos para o meio ambiente, como a poluição dos rios ou a introdução de doenças. Além disso, o manejo das populações selvagens de pirarucu e tambaqui precisa continuar sendo rigorosamente monitorado para evitar a sobrepesca e assegurar que essas espécies se recuperem plenamente. Estamos em um momento crucial. As iniciativas de criação sustentável desses peixes nativos representam uma oportunidade única para o Brasil se destacar no cenário internacional não apenas como um grande exportador de pescado, mas como um modelo de desenvolvimento ambientalmente responsável. O ressurgimento do tambaqui, pintado e pirarucu, além de promissor, pode se tornar um símbolo do equilíbrio entre progresso econômico e conservação da nossa biodiversidade. Leia mais em: www.josemiguelsaud.com.br
Peixes nativos do Brasil: Tambaqui, Pintado e Pirarucu prontos para um ressurgimento sustentável
A produção de espécies como tambaqui, pintado e pirarucu caiu nos últimos quatro anos, pois os produtores, desencorajados pelos preços mais baixos, colocaram menos peixes em tanques e tanques-rede O Brasil, com sua imensa diversidade de rios e fauna aquática, tem um tesouro pouco explorado quando falamos em peixes nativos. Espécies como o Tambaqui, o Pintado e o Pirarucu são verdadeiros patrimônios das nossas águas, e agora, mais do que nunca, estão prontos para um ressurgimento sustentável, impulsionado por práticas modernas de aquicultura e manejo ambiental. Nos últimos anos, tenho acompanhado de perto a evolução da criação e manejo dessas espécies. O cenário é promissor. Graças a avanços tecnológicos na piscicultura, o cultivo desses peixes vem se mostrando uma solução viável, sustentável e economicamente atrativa. O Tambaqui, por exemplo, é amplamente criado em regiões como o Norte e Centro-Oeste do Brasil. Essa espécie se destaca pela resistência, adaptabilidade e rápido crescimento, características que fazem dela uma das preferidas pelos piscicultores. O Pirarucu, outro gigante das águas doces da Amazônia, também ganha destaque. Com sua carne nobre, essa espécie tem se tornado um ícone gastronômico e sua criação em cativeiro está ajudando a recuperar populações selvagens. No passado, o pirarucu foi intensamente explorado, levando à redução drástica de seus estoques naturais. Hoje, iniciativas de manejo sustentável, muitas delas conduzidas por comunidades ribeirinhas, têm garantido não só a conservação da espécie, mas também a geração de renda para essas populações. A valorização gastronômica desses peixes é outro fator importante para esse ressurgimento. Chefs brasileiros e internacionais têm redescoberto a riqueza de sabores do tambaqui, pirarucu e pintado, levando esses peixes nativos para mesas sofisticadas e impulsionando a demanda por produtos de origem local e sustentável. Essa mudança de mentalidade no consumo é fundamental para incentivar práticas que respeitam o meio ambiente e promovem a sustentabilidade. O potencial de crescimento é enorme, mas precisamos estar atentos aos desafios. A expansão da aquicultura deve ser feita com cautela, garantindo que não haja impactos negativos para o meio ambiente, como a poluição dos rios ou a introdução de doenças. Além disso, o manejo das populações selvagens de pirarucu e tambaqui precisa continuar sendo rigorosamente monitorado para evitar a sobrepesca e assegurar que essas espécies se recuperem plenamente. Estamos em um momento crucial. As iniciativas de criação sustentável desses peixes nativos representam uma oportunidade única para o Brasil se destacar no cenário internacional não apenas como um grande exportador de pescado, mas como um modelo de desenvolvimento ambientalmente responsável. O ressurgimento do tambaqui, pintado e pirarucu, além de promissor, pode se tornar um símbolo do equilíbrio entre progresso econômico e conservação da nossa biodiversidade. www.josemiguelsaud.com.br
A importância do peixe de cativeiro: Uma solução sustentável para a segurança alimentar global
A criação de peixes em cativeiro, ou piscicultura, tem se consolidado como uma estratégia vital para garantir a segurança alimentar em um mundo onde a demanda por proteínas e alimentos de origem sustentável só aumenta. Em tempos de crescente pressão sobre os recursos naturais e degradação ambiental, a piscicultura surge como uma alternativa eficiente e sustentável à pesca tradicional, ajudando a evitar a exaustão dos estoques de peixes nos oceanos, rios e lagos. José Miguel Saud Morheb, comenta que o pescado, além de ser uma fonte rica em proteínas, oferece uma série de benefícios nutricionais. Peixes são ricos em ácidos graxos ômega-3, vitaminas e minerais, essenciais para uma alimentação balanceada e saudável. No entanto, a pesca tradicional não consegue atender a essa demanda sem colocar em risco as populações de peixes selvagens. A criação de peixes em cativeiro surge como uma solução inovadora, permitindo a produção contínua e controlada, garantindo o fornecimento de pescado para populações de todo o mundo. A piscicultura como pilar da segurança alimentar Com o crescimento populacional e o aumento do consumo de alimentos proteicos, o pescado tem ganhado destaque como uma alternativa saudável e acessível em muitas partes do mundo. No entanto, a sobrepesca e a destruição de habitats marinhos vêm comprometendo a capacidade dos oceanos e rios de fornecer pescado em quantidades suficientes. A piscicultura, ao contrário da pesca convencional, permite que os peixes sejam criados de maneira controlada, sem prejudicar os ecossistemas naturais. A criação de peixes em cativeiro proporciona um monitoramento rigoroso de aspectos como a qualidade da água, alimentação e saúde dos animais. Isso resulta em um produto final mais saudável, que chega à mesa do consumidor com alta qualidade nutricional e sem os impactos negativos associados à captura descontrolada de peixes no meio ambiente. Além disso, a piscicultura facilita o controle de doenças e parasitas, graças à possibilidade de intervenções imediatas e à gestão sanitária que não é possível na pesca em ambientes naturais. Esse cuidado reduz a necessidade do uso de antibióticos e outras substâncias que, quando mal geridas na pesca tradicional, podem prejudicar o meio ambiente e a saúde pública. Sustentabilidade e Preservação dos Ecossistemas Marinhos A criação de peixes em cativeiro também desempenha um papel crucial na preservação da biodiversidade marinha. Ao reduzir a pressão sobre as populações de peixes selvagens, a piscicultura contribui para evitar a extinção de espécies ameaçadas pela sobrepesca. Muitos dos peixes criados em cativeiro, como a tilápia e o tambaqui, são espécies que se adaptam bem a essas condições controladas, oferecendo alternativas viáveis ao pescado selvagem. Os impactos da pesca descontrolada nos oceanos são profundos, incluindo a destruição de habitats como recifes de corais e manguezais, que desempenham papeis cruciais para a manutenção da biodiversidade marinha. Ao optar por peixes criados em cativeiro, os consumidores estão ajudando a reduzir a necessidade de pesca em áreas ecologicamente sensíveis, promovendo a recuperação desses ecossistemas vitais. Além disso, a piscicultura oferece a possibilidade de produção em áreas que, de outra forma, poderiam ser degradadas. Em muitas regiões, viveiros de piscicultura são utilizados para revitalizar áreas impactadas por atividades econômicas intensivas, como a agricultura e o desmatamento. Dessa forma, a criação de peixes contribui para a recuperação de solos e corpos d’água, promovendo um uso mais equilibrado dos recursos naturais. Vantagens para o consumidor e a economia local Do ponto de vista do consumidor, o peixe de cativeiro apresenta uma série de vantagens. Por ser produzido em ambientes controlados, o pescado proveniente da piscicultura é menos suscetível a contaminações, como metais pesados e microplásticos, que são comumente encontrados nos peixes selvagens devido à poluição dos mares. A qualidade do pescado de cativeiro também é padronizada, com foco em garantir que os peixes tenham o valor nutricional adequado, beneficiando diretamente a saúde dos consumidores. Além disso, a piscicultura gera empregos e impulsiona economias locais, especialmente em áreas rurais, onde a criação de peixes é uma atividade que promove o desenvolvimento econômico. Ao investir em piscicultura, muitas comunidades rurais conseguem criar uma fonte de renda sustentável, fortalecendo as economias regionais e reduzindo a dependência de práticas agrícolas intensivas ou da pesca predatória. A piscicultura também tem um papel importante na redução dos preços do pescado. Ao oferecer uma produção estável e em larga escala, essa prática ajuda a manter os preços acessíveis para o consumidor final, garantindo que mais pessoas tenham acesso a uma fonte de proteína de qualidade, o que é especialmente relevante em áreas com baixa disponibilidade de alimentos frescos e saudáveis. Ao escolher consumir peixes criados em cativeiro, os consumidores estão ajudando a promover práticas de produção sustentáveis. A piscicultura responsável minimiza os impactos negativos no meio ambiente, como a destruição de habitats naturais e a poluição da água, e incentiva o desenvolvimento de sistemas de produção mais eficientes e menos agressivos ao meio ambiente. A prática também promove o uso consciente de recursos, uma vez que muitos sistemas de piscicultura utilizam tecnologias avançadas para reciclar e tratar a água, reduzindo o desperdício e garantindo que a criação de peixes seja feita de maneira mais eficiente. Além disso, sistemas como a aquaponia, que integra a piscicultura com o cultivo de vegetais, mostram-se promissores ao maximizar o uso de recursos naturais e contribuir para a produção de alimentos de forma circular e sustentável. A criação de peixes em cativeiro se apresenta como uma estratégia essencial para garantir a segurança alimentar global, proporcionando uma fonte de proteína acessível e sustentável, além de contribuir para a preservação dos ecossistemas marinhos. Com o monitoramento rigoroso da produção, o peixe de cativeiro se destaca por sua qualidade nutricional, segurança alimentar e por seu menor impacto ambiental. À medida que a piscicultura continua a evoluir, com tecnologias inovadoras e práticas mais sustentáveis, ela desempenha um papel cada vez mais central no fornecimento de alimentos para uma população em crescimento, ajudando a garantir o equilíbrio entre produção e conservação ambiental. O futuro da alimentação saudável e sustentável passa, sem dúvida, pela piscicultura e pelo consumo consciente de pescado de cativeiro. http://www.josemiguelsaud.com.br
Piscicultura: Sazonalidade e picos de faturamento no Brasil
Entrevista com JOSÉ MIGUEL SAUD MORHEB, empresário há 12 anos, piscicultor de Itapuã, do oeste em Rondônia, especialista na produção e cultivo de peixes nativos em ambientes controlados, com manejo profissional que se dedica ao rigoroso controle de qualidade da água, no que diz respeito ao PH, oxigênio, dureza, amônia e a alimentação saudável das espécies como Tambaqui Jatuarana Pirarucu Quais épocas do ano o segmento tem suas altas de faturamento? O setor de piscicultura no Brasil, como muitos segmentos do agronegócio, apresenta variações sazonais que influenciam diretamente o faturamento ao longo do ano. Essas flutuações são determinadas por fatores climáticos, datas comemorativas e comportamentos de mercado. Em 2024, a tendência de crescimento da piscicultura segue marcada por períodos de alta demanda, que impulsionam o faturamento e fortalecem o setor. Verão e Período de Chuvas: Picos de Produção e Comercialização O período de maior faturamento no setor de piscicultura ocorre tradicionalmente durante o verão, especialmente entre os meses de dezembro e março. Durante esses meses, o clima mais quente e o aumento das chuvas favorecem a rápida reprodução e crescimento dos peixes, resultando em uma maior disponibilidade de produto para o mercado. Além disso, o consumo de pescados tende a aumentar devido às altas temperaturas, que incentivam o consumo de alimentos mais leves e saudáveis, como peixes. Esse período coincide também com importantes datas festivas no Brasil, como o Natal e o Ano Novo, quando o pescado é bastante consumido. As festas de final de ano representam uma oportunidade significativa para os produtores, já que o consumo de peixes aumenta tanto no mercado interno quanto nas exportações, impulsionadas pela demanda global. Semana Santa: Um Momento Crucial para o Setor Outro momento de alta no faturamento ocorre durante a Semana Santa, geralmente entre os meses de março e abril. A tradição religiosa de consumir pescado durante esse período, especialmente na Sexta-feira Santa, faz com que a demanda por peixes dispare em todo o país. Este é, sem dúvida, um dos momentos mais estratégicos para o setor, com aumento expressivo nas vendas e preparação das fazendas para atender a essa procura elevada. Outros Períodos Importantes Embora os picos mais pronunciados de faturamento aconteçam no verão e na Semana Santa, o setor também observa bons resultados no início da primavera, em setembro e outubro. Nesse período, o clima começa a esquentar e o consumo de peixes aumenta, principalmente em regiões litorâneas e no Norte e Nordeste do país. No entanto, durante o inverno, de junho a agosto, a produção e o consumo de pescados tendem a desacelerar. A menor temperatura afeta o ciclo de crescimento dos peixes, e a demanda por proteínas mais leves, como o pescado, também diminui, dando lugar a outras opções alimentares mais adequadas ao frio. Atualmente, quais espécies de peixes têm sido mais consumidas e solicitadas? Espécies de Peixes Mais Consumidas no Brasil em 2024: Tendências e Preferências do Mercado O mercado de pescados no Brasil continua a evoluir, acompanhando as tendências globais de alimentação saudável e sustentável. Entre as diversas espécies de peixes consumidas no país, algumas têm se destacado tanto pela aceitação popular quanto pelo crescimento na demanda, impulsionada por exportações e pelo mercado interno. A tilápia, o tambaqui e a pirarucu lideram o ranking de espécies mais solicitadas em 2024, tanto por seu valor nutricional quanto pelo seu custo-benefício. Tilápia: A Líder de Mercado A tilápia se mantém como a espécie de peixe mais consumida e produzida no Brasil. Este peixe de água doce, fácil de criar e com ciclo de produção rápido, é altamente popular devido ao seu sabor suave, baixo teor de gordura e versatilidade culinária. Em 2024, a tilápia é responsável por grande parte do crescimento do setor de piscicultura no Brasil, com a região Sul e Sudeste como os maiores polos de produção. Além de atender à demanda interna, a tilápia brasileira tem se destacado nas exportações, especialmente para os Estados Unidos e a Europa, consolidando o país como um dos maiores produtores mundiais da espécie. Tambaqui: Um Ícone da Amazônia Outro peixe que ganha cada vez mais espaço no mercado é o tambaqui, nativo da região amazônica. Sua carne suculenta e de sabor marcante tem conquistado consumidores em todo o Brasil, com especial destaque nas regiões Norte e Centro-Oeste. O tambaqui é frequentemente utilizado na gastronomia tradicional amazônica e em pratos regionais, mas seu consumo está se expandindo para outros estados, à medida que aumenta a conscientização sobre suas qualidades nutricionais e a sustentabilidade de sua criação em cativeiro. Em termos de volume, o tambaqui é a segunda espécie mais produzida no país. Pirarucu: Apreciado e em Ascensão O pirarucu, conhecido como o “gigante da Amazônia”, também tem atraído a atenção de consumidores e chefs de cozinha. Sua carne branca, de sabor delicado, é bastante valorizada no mercado de restaurantes e eventos gastronômicos. O pirarucu é frequentemente associado à sustentabilidade, já que a maioria da produção é oriunda de sistemas de manejo sustentável na Amazônia, promovendo o desenvolvimento econômico da região e a preservação ambiental. Seu consumo, embora ainda nichado, está em ascensão e tem potencial para crescer ainda mais com o aumento de projetos de manejo sustentável. Outras Espécies em Destaque Além da tilápia, tambaqui e pirarucu, outras espécies também têm forte demanda. O pacu, outro peixe amazônico, é muito consumido, especialmente em regiões onde a culinária local valoriza pratos à base de peixe. A caranha, uma espécie de água doce muito comum no Norte e Nordeste, também tem registrado aumento nas criações em cativeiro, acompanhando a tendência de diversificação da produção de pescados. Por outro lado, no litoral, o consumo de peixes marinhos como o robalo e o dourado também se mantém forte, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, onde a pesca de espécies marinhas continua a ser um segmento importante para o mercado de pescados. Sobre a qualidade da carne, quais as principais diferenças entre o peixe comum e o peixe criado em cativeiros? Peixe Selvagem vs. Peixe de Cativeiro: Comparativo de Qualidade da Carne O debate
Oportunidades e desafios do mercado de piscicultura no Brasil em 2024
Entrevista com JOSÉ MIGUEL SAUD MORHEB, empresário há 12 anos, piscicultor de Itapuã, do oeste em Rondônia, especialista na produção e cultivo de peixes nativos em ambientes controlados, com manejo profissional que se dedica ao rigoroso controle de qualidade da água, no que diz respeito ao PH, oxigênio, dureza, amônia e a alimentação saudável das espécies como Tambaqui Jatuarana Pirarucu. Como observa o mercado atual de piscicultura no Brasil? O setor de piscicultura no Brasil vive um momento de crescimento acelerado, impulsionado por uma combinação de fatores econômicos, ambientais e sociais. Em 2024, a aquicultura brasileira, especialmente a criação de peixes de água doce como a tilápia, consolidou-se como um dos segmentos mais promissores do agronegócio nacional. Segundo dados da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR), o Brasil já se posiciona entre os maiores produtores mundiais de tilápia, e o potencial para expansão é vasto. Expansão e potencial econômico A demanda interna por pescados tem crescido, apoiada pela busca do consumidor por proteínas mais saudáveis e sustentáveis. Além disso, as exportações estão em alta, com mercados importantes como os Estados Unidos e a União Europeia se tornando destinos estratégicos para o pescado brasileiro. A combinação de fatores como águas favoráveis à criação, grande disponibilidade de grãos para ração e políticas públicas voltadas para o setor fazem com que o Brasil esteja em uma trajetória sólida para expandir sua participação no mercado internacional. Sustentabilidade como foco Com a crescente preocupação ambiental, o setor de piscicultura no Brasil tem investido em práticas mais sustentáveis, como o uso eficiente de recursos hídricos, melhor controle de qualidade da água e a busca por sistemas integrados de produção. A adoção de tecnologias de ponta, como sensores para monitoramento de parâmetros ambientais e a automação de processos, também tem contribuído para o aumento da eficiência e redução dos impactos ambientais. Desafios e oportunidades de inovação Apesar do potencial, o mercado enfrenta desafios que precisam ser superados. A infraestrutura logística e a burocracia ainda são barreiras para a expansão de exportações e para o crescimento mais uniforme entre as regiões do país. Contudo, o avanço de startups de tecnologia voltadas para a aquicultura, o desenvolvimento de soluções em nutrição animal e o melhoramento genético de espécies de peixes têm oferecido novas oportunidades para o aumento da produtividade e qualidade. O cenário atual da piscicultura no Brasil reflete um setor dinâmico e com alto potencial de crescimento. Para o futuro, espera-se que a inovação tecnológica, a sustentabilidade e a abertura de novos mercados mantenham o Brasil como um dos principais atores globais na produção de peixes de cultivo. Em sua visão, qual a importância desse setor para a economia? O setor de piscicultura desempenha um papel crucial na economia brasileira, consolidando-se como um dos mais importantes segmentos do agronegócio nacional. O crescimento exponencial da produção de peixes cultivados, como a tilápia e o tambaqui, tem contribuído de forma significativa para a geração de emprego, renda e para o desenvolvimento regional. Com um impacto direto na economia de pequenos e grandes produtores, a aquicultura fortalece cadeias produtivas em diversas regiões do país e amplia as oportunidades de negócios, tanto no mercado interno quanto no externo. Geração de emprego e desenvolvimento regional A piscicultura tem um papel central na inclusão social, sobretudo em regiões mais afastadas dos grandes centros, onde atividades agrícolas tradicionais enfrentam dificuldades. O setor gera milhares de empregos diretos e indiretos, desde a produção nas fazendas até a indústria de processamento e logística. Para pequenas comunidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, a piscicultura proporciona desenvolvimento econômico sustentável, ajudando a fixar famílias no campo e reduzir o êxodo rural. Expansão de mercados e exportações Além de suprir a crescente demanda interna por proteínas saudáveis e de alto valor nutricional, a piscicultura brasileira vem conquistando novos mercados internacionais. Com a recente abertura de exportações para países da América do Norte, Europa e Ásia, o Brasil consolida-se como um importante player global no fornecimento de pescado. Em 2023, o setor registrou um crescimento notável em exportações, e a expectativa para 2024 é ainda mais otimista, com investimentos em infraestrutura e certificações internacionais que ampliam a competitividade dos produtos brasileiros. Sustentabilidade e segurança alimentar Com a crescente preocupação global com a sustentabilidade, a piscicultura se destaca como uma alternativa viável para atender à demanda crescente por alimentos de forma sustentável. A criação de peixes consome menos água e gera menos emissões de gases de efeito estufa quando comparada a outras formas de produção de proteína animal. Além disso, com o aumento da população mundial e a necessidade de garantir a segurança alimentar, o setor de aquicultura brasileira surge como um dos principais caminhos para fornecer proteína de qualidade, em larga escala e de maneira sustentável. Um setor em expansão A piscicultura brasileira representa uma alavanca econômica estratégica para o Brasil. Com o aumento da demanda global por pescado e o contínuo investimento em inovação e sustentabilidade, a expectativa é que o setor continue a crescer, impulsionando o agronegócio e contribuindo significativamente para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos próximos anos. Leia mais: Brasil se torna o 4º maior produtor mundial de tilápia | Valor Econômico
Vídeo – José Miguel Saud
Vídeo – Piscicultura Boa sorte
A importância do peixe de cativeiro: Uma solução sustentável para a segurança alimentar global
Link: https://novojorbras.com.br/noticia/38709/a-importancia-do-peixe-de-cativeiro-uma-solucao-sustentavel-para-a-seguranca-alimentar-global
A importância do peixe de cativeiro: Uma solução sustentável para a segurança alimentar global
Link: https://www.agriculturafantastica.com.br/2024/10/a-importancia-do-peixe-de-cativeiro-uma.html
Brasil se torna o 4º maior produtor mundial de tilápia
Em 2023 foi registrada a marca de 887 toneladas de peixes de cultivo produzidos no país. Piscicultor analisa o crescimento exponencial do setor. O setor de piscicultura no Brasil tem registrado crescimento acelerado, impulsionado por uma combinação de fatores econômicos, ambientais e sociais. De acordo com dados da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR), o cultivo de pescados no país registrou um salto de 53,25% nos últimos 10 anos, passando de 578 toneladas para 887 toneladas no período. A criação de peixes de água doce como a tilápia, por exemplo, consolidou-se como um dos segmentos mais promissores do agronegócio nacional, colocando o país como o quarto maior produtor de tilápia do mundo, atrás de China, Indonésia e Egito. Do total de peixes cultivados em cativeiro, a espécie participou com 579.080 toneladas (65,3% do total), os peixes nativos contribuíram com 263.479 toneladas (29,7% do total) e as outras espécies (carpa, truta e pangasius) atingiram 44.470 toneladas (5% do total). Segundo o piscicultor José Miguel Saud Morheb, o crescimento exponencial da produção de peixes cultivados, como a tilápia e o tambaqui, tem contribuído de forma significativa para a geração de emprego, renda e para o desenvolvimento regional. “Com um impacto direto na economia de pequenos e grandes produtores, a aquicultura fortalece cadeias produtivas em diversas regiões do país e amplia as oportunidades de negócios, tanto no mercado interno quanto no externo”, avalia o especialista. O levantamento aponta, ainda, que as exportações também cresceram. Só no ano passado o país comercializou 6.815 toneladas de peixes de cultivo – com liderança expressiva da tilápia – e receita de US$ 24,7 milhões. Esse resultado é 4% superior ao obtido em 2022. A tilápia e seus produtos representaram 94% da exportação da piscicultura brasileira em 2023, totalizando US$ 23,3 milhões. O tambaqui foi a segunda espécie mais exportada, tendo como maior destino o Peru (71% do total). Rondônia foi o principal exportador. Sustentabilidade como foco Com a crescente preocupação ambiental, o setor de piscicultura no Brasil também tem investido em práticas mais sustentáveis por meio do uso eficiente de recursos hídricos, melhor controle da qualidade da água e a busca por sistemas integrados de produção. “A adoção de tecnologias de ponta, como sensores para monitoramento de parâmetros ambientais e a automação de processos, também têm contribuído para o aumento da eficiência e redução dos impactos ambientais”, destaca Morheb. Estação quente aumenta a procura De acordo com o piscicultor, o período de maior faturamento no setor ocorre tradicionalmente durante o verão, entre os meses de dezembro e março. Durante o período, o clima mais quente e o aumento das chuvas favorecem a rápida reprodução e crescimento dos peixes, resultando em uma maior disponibilidade de produto para o mercado. “O consumo de pescados tende a aumentar devido às altas temperaturas, que incentivam a ingestão de alimentos mais leves e saudáveis, como peixes. Outro momento de alta no faturamento ocorre durante a Semana Santa, geralmente entre os meses de março e abril”, ressalta Morheb. O especialista completa, ainda, dizendo que, além da tilápia, o tambaqui é um dos peixes mais solicitados entre os consumidores. “A espécie é um ícone da Amazônia. Sua carne suculenta e de sabor marcante tem conquistado paladares por todo o Brasil, com especial destaque para as regiões Norte e Centro-Oeste”. Leia mais: José Miguel Saud (josemiguelsaud.com.br)